
As ações implementadas foram objecto de apropriação por parte das OCB, tiveram um impacto no seu
funcionamento, nas suas atividades, no seu reconhecimento, no seu trabalho em rede e na sua legitimidade
sobre este tema? Apropriaram-se da metodologia para o desenvolvimento de acções de educação?
Aumentaram a sua visibilidade no seu dominio de acção?
Sobre as autoridades e políticas públicas locais
As acções implementadas foram apropriadas pelos organismos públicos, tiveram um impacto no seu
funcionamento, nas suas actividades, no seu reconhecimento e na sua legitimidade? As acções implementadas
incentivaram o surgimento de políticas públicas ou reforçaram as políticas públicas existentes?
Trata-se de analisar a percepção e o grau de propriedade dos vários intervenientes.
Para os outros intervenientes locais, sociais e económicos
Conhecem a realidade do trabalho que tem sido feito?
Reconhecem a qualidade do trabalho feito?
Confiam em estruturas que tenham sido criadas ou apoiadas pelo projecto para a execução das suas
actividades?
Adoptaram a totalidade ou parte da metodologia utilizada nos seus novos projectos?
As acções tiveram impacto nas intervenções públicas directas?
Para a associação ESSOR
Qual foi o impacto em termos da evolução das competências internas e coletivas, do reconhecimento do saber-
fazer educativo, da apropriação e transferência do saber-fazer educativo?
2.5 Sustentabilidade
Que meios foram implementados a nível técnico, financeiro e institucional para a sustentabilidade das acções?
Que estratégias foram desenvolvidas durante a implementação das acções:
- Ao nível das competências técnicas: formação, gestão, acompanhamento e avaliação...
- Ao nível da mobilização dos recursos das OCB: formação, apropriação dos métodos, gestão, comunicação,
procura de financiamento e de apoio local, mobilização de solidariedade local, organização de eventos,
participação as redes e espaços de concertação...
- Ao nível da mobilização de recursos das ONG: formação, apropriação de métodos, capacidade de mobilização
de recursos, participação as redes e espaços de concertação...
- Ao nível dos parceiros públicos: medir e analisar o que tem sido feito para promover a sustentabilidade das
acções.
- Qual é o grau de sustentabilidade atingido pelos jardins pré-escolares, os Centros de Desenvolvimento
Comunitário e os Clubes de Jovens?
2.6 Recomendações
Quais "Lições Aprendidas e Boas Práticas" podemos desenhar para cada tipo de atividade (pequena infância,
infância, adolescência, Clube dos Jovens e impacto nas políticas públicas) e para cada uma delas, quais são as
recomendações?
Lições aprendidas: Considerando a evolução das acções nos seus respectivos contextos, quais "erros" foram os
mais relevantes no ensino? Quais devem ser evitados e quais são os elementos a ter em conta no futuro?
Boas práticas: Considerando a evolução das acções nos respectivos contextos, quais são os pontos fortes a
consolidar e quais são os fatores a ter em conta para o seu sucesso?
Pistas para a continuidade: Quais são as recomendações para a continuidade das novas acções no terreno e
da Convenção Programa. Estes elementos servirão de ponto de partida do trabalho colectivo para definir os
eixos estratégicos futuros do sector da Educação.
3. Metodologia proposta para a avaliação
A avaliação será feita por um/a consultor/a externo/a, em colaboração com o/a consultor/a internacional,
responsável pela avaliação geral da Convenção Programa Educação 3 e será apoiada pelo referente Educação
em Bissau.
A ESSOR e os seus parceiros serão responsáveis por disponibilizar todos os materiais de projecto existentes,
mobilizando beneficiários e instituições e disponibilizando os locais necessários para as atividades.
Consulta dos documentos principais disponíveis
Os/As consultores/as terão os seguintes arquivos à disposição:
- Documentos do projecto;
- Relatórios de actividade do projecto
Relatórios de missão;
- Relatórios técnicos e cartas mensais de projecto;
- Relatório de avaliação e medição de impacto da Convenção Programa anterior;
- Documentos de capitalização;
- Apelo de manifestação de interesse apresentada à AFD em agosto de 2020.
Encontro com o/a consultor/a internacional para discutir o quadro global para a avaliação.
Entrevistas prévias (telefone ou skype) com os atores que têm um papel importante na
implementação e o acompanhamento das acções e que têm um conhecimento acrescido do contexto
em que as acções foram desenhadas, implementadas e seguidas.
Avaliações no terreno em Bissau
As entrevistas com beneficiários, parceiros e as suas equipas de Educação, as reuniões com as ONG, as
OCB, e as autoridades e os outros intervenientes do sector da Educação serão conduzidas em cooperação
com os Coordenadores Países e os referentes de Educação locais.
No mínimo, os avaliadores devem reunir-se com:
- Uma amostra representativa dos beneficiários e das suas famílias;
- Uma amostra representativa das OCB e de todas as ONG parceiras;
- As equipas técnicas que participaram nos projectos e os representantes das ONG que têm a memória das
acções (coordenadores técnicos, educadores, animadores...);
- As autoridades locais;
- Os intervenientes na Educação (professores de escolas, universidades, redes de educação local...).
Debriefing intermediário
Este encontro com o/a consultor/a internacional, o Coordenador País, o referente de Educação e as equipas
técnicas no terreno permitirá ao/à consultor/a apresentar as suas primeiras impressões e hipóteses. As partilhas
com a equipa do projeto ajudarão a eliminar qualquer dúvida e a identificar os temas que serão aprofundados
nos últimos dias da missão.
Entrega do relatório
O relatório final da Convenção Programa Educação 3 na Guiné-Bissau deverá ser enviado em fevereiro de
2021.
Conteúdo do relatório final:
- Um ponto de situação atual das políticas públicas educativas, uma reflexão sobre o impacto
efectivo da Convenção Programa Educação 3 sobre as políticas públicas nacionais na Educação e as
recomendações sobre os impactos mais relevantes.
- Uma avaliação geral das acções realizadas no âmbito da Convenção Programa Educação 3desde Julho
de 2018 na Guiné-Bissau (objectivos, actividades e resultados transversais em termos de relevância e
eficiência).
- Uma análise da eficácia, relevância, eficiência e impacto das diferentes actividades realizadas de
acordo com os grupos-alvo.
- Recomendações para reforçar a sustentabilidade das actividades.
- Algumas fotos das acções.
Uma síntese após a apresentação geral, as principais conclusões e recomendações, e incorporando fotos.
Restituição local
4. Calendário previsional
Dezembro de 2020: Selecção do consultor.
Janeiro de 2021: Avaliação e restituição no local.
Fevereiro de 2021: Relatório final é entregue, com um resumo.
Total de dias úteis: 8 dias
Modalidades das candidaturas
Os/As consultores/as terão de apresentar uma proposta que defina a forma como pretendem abordar as
questões e a programação das suas actividades até dia 5 de Dezembro de 2020. A selecção do/a candidato/a
ocorrerá no mês de Dezembro de 2020.
O domínio da língua francesa é uma mais-valia, e a ESSOR centrar-se-á em candidaturas com experiência na
avaliação de projectos e boas competências na Educação.
Os/As candidatos/as deverão de enviar as suas propostas técnicas e financeiras com detalhes sobre as várias
previsões de despesas, viagens locais, alojamento e despesas com alimentação, acompanhadas das suas
referências (Curriculum Vitae) e carta de motivação para: N'Cak Morgado: essoreducacaogb@gmail.com e
Osvaldo Coutinho: essor.bissau@gmail.com